sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Amizade improvável, mas possível...

Este texto foi feito no contra-turno, na parte da tarde. Foi uma tarefa dada pelo professor de Geografia e tinha que ser um conto mourisco, como o conto de Susana Ventura, que está no livro: Contos Mouriscos: A Magia Do Oriente Nas Histórias Portuguesas.

Meu nome é Davi, e meu conto ficou assim:

Amigos, não importa a diferença...

Por Davi A. Lino 

Um dia no país de Portugal na cidade de Setúbal existia um cristão chamado Rafael. Ele era das tropas armadas de Portugal.

Certa vez, a tropa do 3º batalhão foi capturada pelos soldados muçulmanos. Com isso, o pobre Rafael iria sofrer a pena de morte, ou, 40 anos de escravidão. 

Um mouro chamado Rabi Lala cuidou para que a sua pena fosse a da escravidão, bem melhor do que a morte...

Rabi Lala passou a nutrir amizade pelo cristão. Via nele, não se sabia o porquê, um amigo. Em uma ocasião, aproximou-se do cristão e perguntou:
- Você tem família?
Rafael respondeu:
-  Sim. Minha mulher e meu filho. 
-  Certo, meu caro... Mas, agora, aqui nessas terras, sua família serei eu... 

O mouro completou: 
- Agora vou de ajudar, tanto água, quanto na comida!!!

Então, dias e mais dias se passaram naquela cidade distante do Oriente Médio, para onde os escravos haviam sido levados.

Certa noite, o  muçulmano distraiu os guardas da masmorra e gritou para o cristão:
- Corra, corra!!! 

Ao fugirem, o muçulmano foi morto, pois, na batalha que se seguiu, lutou para salvar a vida de Rafael.



Rafael, enfim, perambulou até encontrar soldados cristãos.

Após isso, ele voltou pra casa, reencontrou seu filhos e sua esposa. 

Rafael sentia muitas saudades do muçulmano, que o ajudou naqueles dias de escravidão.

Anos depois, Rafael, juntamente com outros cristãos, venceu a guerra contra os mouros, expulsando-os de Portugal.

Ele ficou muito triste depois da guerra e teve muita dor por perder seu único e verdadeiro amigo, que, incrivelmente, era justamento do outro povo, o povo inimigo.

Já muito velho, Rafael admitiu que mesmo sob aparências bem diferentes todos são iguais e têm a bondade dentro de si, mesmo que seja lá no fundo, escondida dentro do peito...

2 comentários:

  1. eu entendi que
    todos são iguais e têm a bondade dentro de si, mesmo que seja lá no fundo, escondida dentro do peito...

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  2. Certa noite, o muçulmano distraiu os guardas da masmorra e gritou para o cristão:
    - Corra, corra!!!

    Ao fugirem, o muçulmano foi morto, pois, na batalha que se seguiu, lutou para salvar a vida de Rafael.

    Essa parte ficou legal, mas o texto você caprichou no texto eu gostei.

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