quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A Batalha do Cabo Ocidental

Na parte da tarde a gente participa do projeto LIAU, com o professor de Geografia. De tarde e de manhã nós estudamos com ele valores e virtudes

Então, o professor pediu que a gente escrevesse um texto que tivesse a ver com a harmonia

Era para a gente fazer isso com base no texto de Susana Ventura, que está no livro "Contos Mouriscos: a Magia do Oriente nas Histórias Portuguesas".

Meu texto ficou assim: 

A Batalha do Cabo Ocidental

Por Henrique Carvalho Mensch

Em 1099, os cristãos viviam no Oriente Médio, em Jerusalém. Haviam dominado a cidade. Os cristãos e os muçulmanos se confrontavam. Os cristãos também tentavam ir para a Índia através do Mar Mediterrâneo, mas, eles não podiam passar por este que era o caminho mais curto. Os muçulmanos haviam trancado essa passagem.

Havia um guarda muçulmano chamado Mustafá, que ajuda os muçulmanos em inúmeras batalhas. Esse guarda ficava sempre lá, de prontidão, em meio ao Mar Mediterrâneo.

Para evitar cruzar por lá, os cristãos tiveram de fazer a volta no oceano Atlântico sul, contornando o continente africano, contornando o Cabo das Tormentas, passando pelo Oceano Índico, para chegar até a Índia.

Inúmeras eram as notícias de navios cristãos naufragados pelo guarda Mustafá. Então, o caminho de Bartolomeu Dias, que havia conseguido passar pelo caminho Cabo das Tormentas, tornou-se a melhor opção.

Certo dia, o guarda Mustafá deixou os cristãos passarem. Misteriosamente virou amigo dos cristãos, foi assim que os cristãos chegaram a Índia. Tendo tomado conhecimento disso, os muçulmanos pegaram esse guarda no flagra, deixando navios cristãos passarem. Então, os muçulmanos pegaram ele e o escravizaram.

Botaram-no preso, com outro guarda chamado Al’Assad. O novo sentinela passou a naufragar todos os navios dos cristãos novamente.

Vendo isso, Mustafá passou a planejar uma fuga, o que conseguiu colocar em prática com sucesso, fugindo para a Índia, juntamente com alguns outros cristãos, que, na ocasião, também ajudou a fugir.

Tendo feito amizade com tais cristãos, Mustafá foi convidado a regressar com eles saindo da Índia até a Europa pelo Cabo das Tormentas. Nesta viajem, após ter cruzado o Cabo das Tormentas, que a esta altura já havia sido rebatizado de Cabo da Boa Esperança (pois os portugueses e espanhóis já haviam dominado as técnicas de navegaç]ão para contorná-lo), a frota cristã se deparou com uma numerosa frota muçulmana. A frente dela estava Al’Assad, que, sabendo do paradeiro de Mustafá buscava matá-lo por vingança, já que ele havia fugido dele, e, por isso, ele havia sido castigado. Jurou ao Califa, então, que recapturaria Mustafá.

Aos cristãos não havia saída, a batalha era inevitável. Alinharam os navios e partiram para a luta.

Nesse dia, vários navios cristãos foram afundados, pois seu exército era apenas de 5000 mil homens, enquanto os muçulmanos contavam com 20000 mil.

Foi uma batalha comparável à Batalha de Lepanto, só que essa não entrou para os livros de História... Mas, ficou conhecida como A Batalha do Cabo Ocidental.



Mas, as baixas eram de ambos os lados. A luta era sangrenta. Como aos cristãos não restava esperança, lutaram até a morte.

No meio da batalha, Al’Assad e Mustafá se encontraram. Estavam no convés do navio principal dos cristãos. Al’Assad portava uma escopeta da época, de um tiro só; Mustafá tinha duas pistolas, também de um tiro.

Al’Assad sem pénsar, movido pela ira atirou primeiro, Mustafá se esquivou, como se isso adiantasse. O tiro raspou-lhe o ombro. Ele também havia atirado tão logo ouvira o estampido do tiro de Al’Assad.

Al’Assad continuou de pé e Mustafá foi ao chão. Al’Assad pensou que tivesse matado Mustafá. Mas, este rolou pelo convém e disparou seu segundo tiro.

Al’Assad estava morto. Caiu de vez no Oceano Atlântico sul, mergulhando nas profundezas.

Muitos muçulmanos morreram. As vítimas do lado cristão foram ainda maiores…

Mas, quando os dois exércitos perceberam que Al’Assad havia morrido, bateram em retirada, contornando o Cabo das Tormentas para o leste a fim de buscar o Oriente Médio via Oceano Índico.

Dizem que até hoje as pessoas se espantam coma ignorância desses dois muçulmanos, que viajaram tão longas distâncias, causaram tantas guerras por causa da fé a da obediência aos seus senhores.

3 comentários:

  1. eu li e vi que o escritor quis dizer que foi uma das batalhas mais sangrentas
    Isso me interesso

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  2. Eu e o professor de geografia lemos um texto de Susana Ventura. O professor deu uma ideia de fazer um novo texto relacionado conto "O Cristão e o Mouro" com a virtude da "harmonia", e nos fizemos... Como era no dia da leitura nós aproveitamos.

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