quarta-feira, 26 de outubro de 2016

LIAU NA PORTO NOVO , UM OLHAR SOBRE OS LUGARES 

   NO LIAU TEMOS UM TRABALHO DE CAPTURAR UMA FOTO DE ALGUM LOCAL 
NO BAIRRO PORTO NOVO 

INFORMAÇÕES :

LOCAL: E .M. E. F PORTO NOVO 

BAIRRO: RUBEM BERTA 

ESCOLA : E.M.E.F PORTO NOVO


TRABALHO:













EU ESCOLHI ESTE LOCAL PELO SEGUINTE MOTIVO:

PORQUE EU ESTUDO AQUI  ,TEM UM LOCAL MUITO BOM  PRA RESPIRAR ,

FAZER NOVOS AMIGOS ETC...

ELOGIOS:  ACHO ESSE LOCAL  MUITO BOM POR QUE SEMPRE BRINCO COM MEUS AMIGOS 

Traferencia da Antiga Vila Dique

 A Vila Dique, localizada na beira da Avenida das Indústrias, próxima ao Aeroporto Salgado Filho, começou a ser removida em 2009. 

O reassentamento, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre, deixou para trás parte da comunidade após a demolição do posto de saúde, da escola de educação infantil, do Clube de Mães e da padaria comunitária. 

Assim, parte dos moradores foi para o loteamento Porto Novo.

Hoje, porém, cerca de 600 famílias moram na estrada de chão onde foi formada a Dique, cinco anos depois do início das remoções, essas pessoas lutam para reconstruir a Vila de onde não querem sair.

A comunidade foi formada principalmente por pessoas e famílias que vieram do interior do estado, em um movimento que se iniciou há cerca de 40 anos.
A remoção também foi iniciada sob o pretexto da ampliação do aeroporto, que seria necessária devido à Copa do Mundo. 
A reforma, no entanto, nunca saiu do papel e a Vila acabou dividida pela metade; a parte que ficou na Antiga; a parte que foi para o Porto Novo, um reassentamento que, de fato, nunca terminou da maneira inicialmente proposta.

Resultado de imagem para imagens da antiga dique na ponte

Aqui é a entada da vila dique Passei muitas alegrias com o pessoal nasci aqui e agora estou morando no Porto Novo estudo na escola E.M.E.F Porto Novo.

Posso dizer, como moradora que a atual Dique está sofrendo muito com o problema da violência. Antes, na antiga vila, pudíamos ficar na rua até mais tarde e não tínhamos medo de tiroteios. Agora não. Há tiroteios quase todos dias. Não dá para ficar na rua.

Por razões geográficas a Antiga Dique era mais segura. É possível ver isso na imagem de satélite abaixo:

  Imagem de Satélite da Antiga Vila Dique

Como se pode ver na imagem acima, o "dique" (por isso Vila Dique) a leste e a área das empresas e de plantações a oeste, somada a uma "entrada" e a uma "saída" de difícil acesso protegiam a antiga vila.

Por isso, lá, tínhamos mais segurança.

Um Olhar Sobre Os Lugares by: Julia Wink

  " LIAU na Porto Novo"  "Um Olhar Sobre Os Lugares"

No LIAU temos o trabalho de capturar uma foto de algum local do Bairro Porto Novo criticando ou elogiando este local.

Informações:
 local:Arena Jenor
 bairro:Porto Novo
 escola:E.M.E.F Porto Novo
Trabalho:
Eu escolhi este local pelo seguinte motivo:Eu gosto muito dele,eu já fui lá várias vezes e sempre que há algum evento lá eu estou presente!

Elogios:
Parabéns aos pintores deste local,
É muito bonito e é um local onde escrevem nas paredes nomes dos falecidos da Vila Jenor Jarros!
 Espero que tenha mais lugares como esse em Porto Alegre!

Eventos:
 Geralmente lá acontecem o Torneio de Futebol Pelézinho,onde todos os moradores da vila se juntam para colaborar com este evento que cada ano nos surpreende.
Cada time tem um nome de um morador falecido da Jenor

AVISO:
Cada ano acontece esse torneio,sempre num Domingo,acontece pela manhã e vai até noite.
Mais informações acesse o link abaixo:

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O "porquê" de se trabalhar "contos" dentro do "projeto" LIAU?

O esforço teórico que está por detrás de escrever contos literários, aliando-os ao projeto LIAU, é o de se propor um “percurso formativo” que inclua o “sistema natural” e o “sistema construído” ao “lugar” do aluno.

Nesta proposta, ou, por assim dizer, nesta forma de trabalho, “lugar” do aluno assume (re)significado, pois, com a sua “produção textual”, o estudante acaba por compreender o território de uma forma crítica, visto que este estará sendo (re)construído pelo aluno a partir de uma produção literária – ainda que este território seja uma geografia distante; ainda que este território seja um outro continente.

Imagem retirada e modificada do "site" italiano do "Festival de Literatura de Viagem". Fonte: Disponível em: <http://www.festivaletteraturadiviaggio.it/>. Acesso em: 18 de out., 2016.

Por outros termos, o esforço em elaborar um conto com, por assim dizer, “raízes” de “sistema natural”, de “sistema construído” e de “urbanidade” exige que o aluno se dê conta e compreenda que essas dimensões estão ligadas, e não só no mundo literário, mas, sobretudo, no mundo real.

Imagem retirada da capa do livro MARANDOLA Jr. Eduardo; GRATÃO, Lúcia Helena Batista (Orgs.). Geografia e literatura: ensaios sobre geograficidade, poética e imaginação. Londrina: EDUEL, 2010. 354 p.



Continuemos a refletir...

Comparação dos "sítios" da antiga e da nova Dique:

O Atlas Ambiental de Porto Alegre faz a diferenciação das várias "Porto Alegres". Segundo livro, há a "Porto Alegre Radiocêntrica", a "Porto alegre Cidade Verde", entre outras.

A antiga Vila Dique fica na "Porto Alegre que pode crescer", que vai desde o Guaíba até a cidade de Cachoeirinha, pela BR-290 (Freeway).

Na imagem de satélite abaixo, com destaque para a antiga Vila Dique (retângulo preto) é possível observar que naquela área Porto Alegre pode crescer. Há imensa área que ainda pode ser construída. Na mesma imagem, a Vila Dique está destacada com uma linha laranja.  


Imagem de Satélite com a antiga vila Dique ao centro, e, em seu entorno a "Porto Alegre que pode crescer"


No Atlas Ambiental de Porto Alegre, a área onde está o novo loteamento para qual foram transferidos os habitantes da antiga Vila Dique está na chamada "Porto Alegre cidade xadrez", pois as ruas fazem o mesmo traçado das de um tabuleiro de xadrez.

Na imagem de satélite abaixo isso pode ser observado: a área com retângulo vermelho é uma cidade xadrez e a E.M.E.F. Porto Novo está dentro da elipse laranja:

Imagem de satélite com retângulo branco ao redor da E.M.E.F. Porto Novo.  




Após esta breve comparação podemos perguntar: Qual das áreas tem mas valor hoje em dia?

Para refletir ...

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Provocações & Guerras

 Grandes Guerras Graças a Pequenas Provocações

Por William da Rosa

Era uma vez, num dia muito lindo, na cidade cristã portuguesa de Faro, no século  XIV, ano de 1302, quando, de repente, do nada, apareceram os muçulmanos e gritaram: "Essa cidade é nossa!!!". Os cristãos responderam: "Não é nada!!!"

Paisagem de Faro, em Portugal

Uma senhora  veio e perguntou para os chefes militares dos dois povos que estavam frente a frente: "Por que vocês travarão batalha?"

O califa respondeu: "Minha filha, Ghayda, disse-me que o filho do líder cristão Júlio Giovane chamou nossa aldeia de 'lixão'..." 

O líder cristão, o mais forte dentre eles, chamou Júlio Giovane. O jovem veio imediatamente. Seu pai lhe interrogou: "É verdade que você chamou a aldeia dos muçulmanos de 'lixão', Júlio? 


Cerco muçulmano a uma cidade cristã

Júlio Giovane respondeu: "É verdade, meu pai..." 

O líder cristão falou: "Por hoje 'deu'". E, dirigindo-se ao muçulmano, disse: "Eu te pago 'dois bilhões' em ouro, e os nossos dois povos ficam em paz... O que achas?" 

Disse o muçulmano: "Tá bom... Porém, os nossos filhos estão proibidos de se verem e se falarem". Dito isso, o exército muçulmano se retirou...

No outro dia, o líder militar cristão deu em castigo para Giovane. Mandou-o ser aprisionado em seu quarto, para que refletisse na vida e na confusão que havia armado.   

Após meses sem ver o Sol e a luz do dia, na data marcada para ele sair, de seu quarto, Giovane  conscientizou-se de que ele havia errado feio e aprendeu a lição não se deve ofender outros povos e outras culturas, porque grandes guerras começaram graças a pequenas provocações. Então, o melhor a se fazer é se buscar a harmonia. 

Graças a Deus, no caso dele sua cidade cristã estava salva e acabou  tudo na paz, e, de novo, voltou tudo ao normal.

Amizade improvável, mas possível...

Este texto foi feito no contra-turno, na parte da tarde. Foi uma tarefa dada pelo professor de Geografia e tinha que ser um conto mourisco, como o conto de Susana Ventura, que está no livro: Contos Mouriscos: A Magia Do Oriente Nas Histórias Portuguesas.

Meu nome é Davi, e meu conto ficou assim:

Amigos, não importa a diferença...

Por Davi A. Lino 

Um dia no país de Portugal na cidade de Setúbal existia um cristão chamado Rafael. Ele era das tropas armadas de Portugal.

Certa vez, a tropa do 3º batalhão foi capturada pelos soldados muçulmanos. Com isso, o pobre Rafael iria sofrer a pena de morte, ou, 40 anos de escravidão. 

Um mouro chamado Rabi Lala cuidou para que a sua pena fosse a da escravidão, bem melhor do que a morte...

Rabi Lala passou a nutrir amizade pelo cristão. Via nele, não se sabia o porquê, um amigo. Em uma ocasião, aproximou-se do cristão e perguntou:
- Você tem família?
Rafael respondeu:
-  Sim. Minha mulher e meu filho. 
-  Certo, meu caro... Mas, agora, aqui nessas terras, sua família serei eu... 

O mouro completou: 
- Agora vou de ajudar, tanto água, quanto na comida!!!

Então, dias e mais dias se passaram naquela cidade distante do Oriente Médio, para onde os escravos haviam sido levados.

Certa noite, o  muçulmano distraiu os guardas da masmorra e gritou para o cristão:
- Corra, corra!!! 

Ao fugirem, o muçulmano foi morto, pois, na batalha que se seguiu, lutou para salvar a vida de Rafael.



Rafael, enfim, perambulou até encontrar soldados cristãos.

Após isso, ele voltou pra casa, reencontrou seu filhos e sua esposa. 

Rafael sentia muitas saudades do muçulmano, que o ajudou naqueles dias de escravidão.

Anos depois, Rafael, juntamente com outros cristãos, venceu a guerra contra os mouros, expulsando-os de Portugal.

Ele ficou muito triste depois da guerra e teve muita dor por perder seu único e verdadeiro amigo, que, incrivelmente, era justamento do outro povo, o povo inimigo.

Já muito velho, Rafael admitiu que mesmo sob aparências bem diferentes todos são iguais e têm a bondade dentro de si, mesmo que seja lá no fundo, escondida dentro do peito...

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

A Batalha do Cabo Ocidental

Na parte da tarde a gente participa do projeto LIAU, com o professor de Geografia. De tarde e de manhã nós estudamos com ele valores e virtudes

Então, o professor pediu que a gente escrevesse um texto que tivesse a ver com a harmonia

Era para a gente fazer isso com base no texto de Susana Ventura, que está no livro "Contos Mouriscos: a Magia do Oriente nas Histórias Portuguesas".

Meu texto ficou assim: 

A Batalha do Cabo Ocidental

Por Henrique Carvalho Mensch

Em 1099, os cristãos viviam no Oriente Médio, em Jerusalém. Haviam dominado a cidade. Os cristãos e os muçulmanos se confrontavam. Os cristãos também tentavam ir para a Índia através do Mar Mediterrâneo, mas, eles não podiam passar por este que era o caminho mais curto. Os muçulmanos haviam trancado essa passagem.

Havia um guarda muçulmano chamado Mustafá, que ajuda os muçulmanos em inúmeras batalhas. Esse guarda ficava sempre lá, de prontidão, em meio ao Mar Mediterrâneo.

Para evitar cruzar por lá, os cristãos tiveram de fazer a volta no oceano Atlântico sul, contornando o continente africano, contornando o Cabo das Tormentas, passando pelo Oceano Índico, para chegar até a Índia.

Inúmeras eram as notícias de navios cristãos naufragados pelo guarda Mustafá. Então, o caminho de Bartolomeu Dias, que havia conseguido passar pelo caminho Cabo das Tormentas, tornou-se a melhor opção.

Certo dia, o guarda Mustafá deixou os cristãos passarem. Misteriosamente virou amigo dos cristãos, foi assim que os cristãos chegaram a Índia. Tendo tomado conhecimento disso, os muçulmanos pegaram esse guarda no flagra, deixando navios cristãos passarem. Então, os muçulmanos pegaram ele e o escravizaram.

Botaram-no preso, com outro guarda chamado Al’Assad. O novo sentinela passou a naufragar todos os navios dos cristãos novamente.

Vendo isso, Mustafá passou a planejar uma fuga, o que conseguiu colocar em prática com sucesso, fugindo para a Índia, juntamente com alguns outros cristãos, que, na ocasião, também ajudou a fugir.

Tendo feito amizade com tais cristãos, Mustafá foi convidado a regressar com eles saindo da Índia até a Europa pelo Cabo das Tormentas. Nesta viajem, após ter cruzado o Cabo das Tormentas, que a esta altura já havia sido rebatizado de Cabo da Boa Esperança (pois os portugueses e espanhóis já haviam dominado as técnicas de navegaç]ão para contorná-lo), a frota cristã se deparou com uma numerosa frota muçulmana. A frente dela estava Al’Assad, que, sabendo do paradeiro de Mustafá buscava matá-lo por vingança, já que ele havia fugido dele, e, por isso, ele havia sido castigado. Jurou ao Califa, então, que recapturaria Mustafá.

Aos cristãos não havia saída, a batalha era inevitável. Alinharam os navios e partiram para a luta.

Nesse dia, vários navios cristãos foram afundados, pois seu exército era apenas de 5000 mil homens, enquanto os muçulmanos contavam com 20000 mil.

Foi uma batalha comparável à Batalha de Lepanto, só que essa não entrou para os livros de História... Mas, ficou conhecida como A Batalha do Cabo Ocidental.



Mas, as baixas eram de ambos os lados. A luta era sangrenta. Como aos cristãos não restava esperança, lutaram até a morte.

No meio da batalha, Al’Assad e Mustafá se encontraram. Estavam no convés do navio principal dos cristãos. Al’Assad portava uma escopeta da época, de um tiro só; Mustafá tinha duas pistolas, também de um tiro.

Al’Assad sem pénsar, movido pela ira atirou primeiro, Mustafá se esquivou, como se isso adiantasse. O tiro raspou-lhe o ombro. Ele também havia atirado tão logo ouvira o estampido do tiro de Al’Assad.

Al’Assad continuou de pé e Mustafá foi ao chão. Al’Assad pensou que tivesse matado Mustafá. Mas, este rolou pelo convém e disparou seu segundo tiro.

Al’Assad estava morto. Caiu de vez no Oceano Atlântico sul, mergulhando nas profundezas.

Muitos muçulmanos morreram. As vítimas do lado cristão foram ainda maiores…

Mas, quando os dois exércitos perceberam que Al’Assad havia morrido, bateram em retirada, contornando o Cabo das Tormentas para o leste a fim de buscar o Oriente Médio via Oceano Índico.

Dizem que até hoje as pessoas se espantam coma ignorância desses dois muçulmanos, que viajaram tão longas distâncias, causaram tantas guerras por causa da fé a da obediência aos seus senhores.

Amizade em conjunto!

O conto a seguir, tem a intensão de ser a continuação do conto "O Cristão e o Mouro", do livro "Contos Mouriscos: a magia do Oriente nas Histórias Portuguesas", de Susana Ventura.

Foi escrito nas aulas do contraturno, à tarde, na disciplina de Geografia, dentro do Projeto LIAU.

O Cristão e o Muçulmano (parte 2)

Por Taylor Rodrigues da Costa

Nossa história parte de "O Cristão e o Mouro", do livro "Contos Mouriscos: a magia do Oriente nas Histórias Portuguesas", e segue, assim:

Aprendemos que os outros só se tornam inimigos se tanto eles quanto nós assim o escolhermos... Por trás dessa "escolha" de ter ou não o outro como inimigo, há, ainda, a ignorância. Por que ignorância? Porque o povo do cristão não sabia o que o mouro havia feito por ele. Foram ignorantes, não tomaram conhecimento das ajudas do mouro. 

O cristão também não gostou da "retribuição" que seu povo deu para o mouro. Muito menso o mouro gostou da "retribuição", pois agora era escravo. 

Diante disso, o cristão, sem ter muito a fazer, repetia: "tu rezas para teu Deus que eu orarei para o meu. Quem sabe, seremos atendidos e saiamos desta situação".

Então, certo dia, ao acordar, o cristão percebeu que a arca do soldado muçulmano havia sido transportada para terras muçulmanas, havia sumido! 

Então, ele gritou: "Nãããããão!!!". Enquanto isso, o povo do cristão, tomando conhecimento do "sumiço" e ou "transporte" mágico da arca, gritava "Ainda bem que ele se foi!!!". Mas, uma pessoa la do fundo da multidão disse: "Quem vai fazer o banquete para comemorar a 'morte' daquele muçulmano?".

Na verdade, eles pensavam que ele tinha morrido, pois, de qualquer maneira, uma vez chegando em suas terras e explicando seu sumiço, seria condenado à morte por ter "permitido" a fuga "daquele cristão".

O cristão respondeu, "Eu é que não vou preparar banquete nenhum!!! Ao menos até que meu amigo volte...". O cristão continuava estava determinado e continuava gritando: "Nããããão!!!". 

Naquele momento, o que o cristão mais temia aconteceu: seu povo o rejeitou, pois, percebeu que ele virara amigo "daquele muçulmano".

O cristão, por sua vez, que se chamava Brian Silva, confirmou, corajosamente que era, mesmo, amigo do soldado muçulmano, e que ele o havia ajudado quando o Califa, o chefe militar árabe, o mandava quebrar as pedras... Era o soldado muçulmano que multiplicava a água e o alimento do cristão: "Assim eu sobrevivi, foi ele quem me deu comida, ele não me abandonou!!!" - disse berrando Brian Silva...

Neste momento de discussão, em meio a uma multidão, outro cristão, que estava passando, e percebeu tudo, disse: "Hei, tem alguém na praia!!!".

O Brian Silva, ouvindo isso, foi correndo ver quem era... Suspeitava que poderia ser seu amigo. 

Chegando lá, o cristão teve uma surpresa. Ao chegar, viu o soldado muçulmano caído na beira mar. Estava com suas vestes rasgadas e sua barriga roncava de fome. 

O cristão Brian Silva, levantou o homem e disse: "Ajudem-me!!!" 

Neste momento, o povo, que havia seguido Brian, entendeu que aquilo era uma amizade, uma amizade entre um cristão e um muçulmano. Entenderam que aquilo poderia dar certo. O povo do cristão foi buscar alimentos para o soldado muçulmano e após o banquete que foi feito com todos juntos, deram um nome para o muçulmano. Seu nome à partir daquele dia, foi Richard Costa... E eles foram amigos para sempre... Deixaram de ser ignorantes e inimigos e aprenderam de verdade que os outros só se tornam inimigos se tanto eles quanto nós assim o escolhermos...

Cristão e Mouro tocam e cantam pela amizade 

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Conto escrito para o Projeto "Adote um Escritor", da E.M.E.F. Porto Novo:

O texto abaixo é uma "versão" baseada no conto "O Cristão e o Mouro", existente no livro de Susana Ramos Ventura e Helena Gomes, intitulado "Contos Mouriscos: a magia do Oriente nas histórias portuguesas":

Clique :::aqui::: para saber mais sobre o livro


A UNIÃO DE DOIS POVOS

Por João Vítor Mesquita Cardoso

No século XV, ano de 1490, dois anos antes de os mouros terem sido definitivamente expulsos de Portugal, um cristão vivia como escravo. 

Ele havia sido capturado cinco anos antes, durante uma batalha em solo português, e fora levado para o Oriente Médio, para a cidade de Tabúk, que, desde aquela época, já era um importante pólo para trocas culturais e comerciais. Lá, ele trabalhava carregando camelos repletos de mercadorias para o transporte entre o Iêmen e a Síria. 


Mapa da Arábia Saudita com destaques para Tabúk, o Iêmen e a Síria.
  
Aspecto da paisagem de Tabúk

Para vigiar o trabalho do escravo cristão havia um guarda mouro. Este cristão ficava enclausurado numa masmorra, e, Mustafá, o mouro, sempre a lhe vigiar. 

O cristão se chamava Isaac. 

Com o passar do tempo, os dois se tornaram amigos, mesmo sendo de religiões diferentes e mesmo pertencendo a dois povos em guerra há mais de sete séculos.

Isaac sempre sonhara em fugir e falava isso  para Mustafá.

Mas, Mustafá pouco ou nada podia fazer.

Certa noite, Isaac disse que pretendia fugir e aquele seria o momento. 

Mustafá, naquela ocasião, estava carregando todas as chaves e Isaac conseguiu rouba-las sem que Mustafá percebesse.
Isaac abriu a sela e deu no pé.

Isaac, ao fugir, aproveitou para libertar mais alguns cristãos.

Quando Mustafá acordou e percebeu o que havia acontecido, resolveu fugir também, visto que seria duramente castigado por sua infidelidade e incompetência. 

Assim, praticamente, fugiu junto com os cristão, alcançando-o no caminho.
Após a fuga os dois amigos escolheram um lugar que ficasse o mais longe possível de Portugal e da Arábia Saudita. Uma consulta aos mapas, deixou claro que este lugar era a Líbia.

Mapa do Norte da África, Líbia, com destaque para Sebha.

Na Líbia, fixaram-se em Sebha.


Aspecto de Sebha

No novo lugar onde se estabeleceram, na cidade de Sebha, na Líbia, Isaac encontrou uma muçulmana chamada Malala.


Rosto de Malala

Malala ajudou os dois a recomeçarem suas vidas, e Isaac passou a namorá-la.

Daquela localidade inóspita do norte da África, eles fugiram para a parte central do mesmo continente.

A cidade escolhida foi Abuja, na Nigéria, perto do rochedo Zuma.


 Mapa da Nigéria, com destaque para Abuja
Aspecto do Rochedo Zuma, em Abuja, Nigéria

Lá, impressionantemente, o muçulmano encontrou uma cristã, chamada Aruna, e os dois também começaram a namorar. Após certo romance, tendo se olhado, se apaixonado ainda mais, após terem se beijado, resolveram fugir para ainda mais longe, para o sul da África, porque Mustafá estava com medo de ser recapturado.


Rosto de Aruna

Isaac e Malala preferiram voltar para o norte da África.

O mouro Mustafá fica com Aruna na Nigéria.

Eles queriam é ir para o mais longe possível de Portugal e da Arábia Saudita...

Assim, esses dois amigos que passaram por diversas aventuras acabaram se separando para viverem suas vidas com suas mulheres. 

Como pode a união de dois povos, duas religiões diferentes, pessoas diferentes, ficarem juntas, mesmo perante a enorme dificuldade de percorrer milhares de quilômetros, fugindo do seus próprios povos?